quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

enganar os portugueses

No debate ontem transmitido, o Prof. Cavaco Silva acusou Manuel Alegre de tentar enganar os portugueses. Pena que o candidato socialista não tenha tido a presença de espírito suficiente para devolver a acusação.

Na verdade, há cinco anos o então candidato Cavaco Silva foi questionado sobre o que faria quando e se lhe viesse a ser apresentada para homologação uma "Lei do Aborto". O sentido da sua resposta, nessa ocasião, foi o seguinte: "Os portugueses conhecem-me bem e sabem por que valores pauto a minha vida". E milhões de cristãos terão votado nele, tranquilizados por estas afirmações. O que foi isto senão uma indicação clara ao "seu" eleitorado de que não aprovaria uma tal Lei, ou que - ao menos - a enviaria ao Tribunal Constitucional? O que depois fez foi aprová-la "à primeira", desiludindo e enganando (pela 1ª vez?) milhões de eleitores que acreditaram nele.

E quando o Papa veio a Portugal, em Maio transacto, não partiu da casa-civil / gabinete de comunicação de Belém para a Rádio Renascença a indicação de que o presidente se preparava para "chumbar" o "casamento homossexual"? E mal Sua Santidade "virou costas" o que fez o presidente senão aprovar "à primeira" o que, durante a presença do Papa, Belém havia sugerido que vetaria?

O que é isto senão tentar - e conseguir - enganar os portugueses?

recurso apresentado hoje no Tribunal Constitucional


Ex.mº Senhor Juíz Presidente do Tribunal Constitucional
Dig.mº Dr. Rui Moura Ramos,
Meretíssimo Senhor Juíz,
Luís Filipe Botelho Ribeiro, professor universitário, portador do bilhete de identidade nº 7678228, emitido em 7 de Dezembro de 2004 pelo Arquivo de Identificação do Porto, e do cartão de eleitor nº5866 da freguesia de Castelões de Cepêda, concelho de Paredes, nascido a 17 de Novembro de 1967, natural de Santo Tirso, filho de Luís dos Santos Ribeiro e de Maria Júlia Pereira Botelho, residente na R. Dr. José Correia, nº 79 em Paredes, vem respeitosamente recorrer da decisão relatada no acordão nº 505/10, relativa à candidatura presidencial.
A capacidade eleitoral de todos os proponentes desta candidatura será imediatamente certificada pela Direcção-Geral de Administração Interna (DGAI), a pedido deste respeitável tribunal, à semelhança do que é prática corrente, da DGAI, em relação a pedidos similares de qualquer tribunal português. Fica desta forma cumprido o Espírito da Lei Eleitoral do Presidente da República e contornadas todas as dificuldades inerentes à falta de colaboração de muitas comissões eleitorais nas freguesias, em devido tempo solicitada, conforma demonstramos, no processo submetido dia 29/12/2010.
Lisboa, 30 de Dezembro de 2010
Luís Filipe Botelho Ribeiro
(Tribunal Constitucional - SECRETARIA, Entrada nº3687, Data 30/10/10)

domingo, 26 de dezembro de 2010

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA - 27.12 Guimarães

A candidatura LuisBotelho2011 convida todos os Senhores Jornalistas para uma conferência de imprensa a realizar no dia 27 de Dezembro, no Hotel de Guimarães, em Guimarães, pelas 15h00. Este será o último momento de contacto com a imprensa antes do depósito final da documentação restante, junto do Tribunal Constitucional. Na agenda serão incluídos os seguintes pontos:

1. Exposição de casos de coacção de Presidentes de Junta sobre cidadãos proponentes desta candidatura (nos concelhos de Guimarães, Barcelos, ...)

2. Falta de colaboração na emissão das certidões de eleitor por parte de algumas juntas de freguesia


3. Denúncia de obstrução à recolha de assinaturas em algumas superfícies comerciais (Guimarães, Porto, ...)


4. Falta de pluralismo / isenção / igualdade de tratamento no serviço público de televisão, conforme tem alertado o próprio Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.


5. Manipulação do processo político por parte do bloco PS-PSD (legislação eleitoral / nomeação de Juízes para o Tribunal Constitucional / abuso de posição dominante nas Juntas de Freguesia), sendo possível minorar este controlo, permitindo a certificação da capacidade eleitoral pelos serviços (técnicos) do Ministério da Administração Interna (STAPE), conforme N/ proposta já apresentada no ano de 2006.


6.
Análise da correspondência pendente com a Comissão Nacional de Eleições, Presidência da República e Conselho de Administração da R.T.P.


Perante tudo isto, denunciaremos a forma como o actual regime - embora formalmente democrático - cínica e capciosamente organiza todo o processo eleitoral no sentido da exclusão das candidaturas independentes, à semelhança do que já ocorreu nas presidenciais 2006.

Não podemos aceitar que, sob uma aparência de legalidade, o actual regime demonstre uma hermeticidade já comparável, senão maior, que a do regime anterior diante da candidatura independente de Humberto Delgado em 1958.

Se este regime quer ser tido por democrático, terá de parecê-lo.
Por ora, nem é nem parece!

Gabinete de Candidatura, LuísBotelho2011

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

carta aberta ao Presidente da Comissão Nacional de Eleições

Ex.mº Senhor Presidente da Comissão Nacional de Eleições,

Muito agradeço o calendário que teve a re-gentileza de me re-enviar. Receio porém que o calendário não esteja a ser respeitado por todos de igual forma, para deslustre da república e desgraça da democracia.

É pública e notória a desigualdade grosseira no tratamento das diferentes candidaturas à Presidência da República. De acordo com o mapa que V/ Ex.cia me envia, tal "neutralidade", "imparcialidade", "isenção" e "pluralismo" deveria ser-me assegurada a mim e a todos desde o dia 14 de Outubro.

Sem precisar de falar nos diversos actos públicos para os quais convidámos sem êxito as televisões, concentremo-nos apenas na questão dos "debates televisivos a dois". Sabemos que várias candidaturas foram formalizadas já depois do início desse ciclo de debate, encontrando-se portanto (ao tempo) numa situação em tudo semelhante à minha, perante a Lei.

Verificado portanto o tratamento desigual e o flagrante desprezo pela Lei, permito-me pergunta a V/ Ex.iª:

1. Que iniciativas tomou para tentar corrigir esta situação e fazer respeitar as Leis? (46º da LEPR e 1º e 2º da Lei 26/89 de 3.05)

2. O que pensa fazer caso alguma candidatura possa vir a ser excluída do sufrágio em consequência directa da desigualdade de tratamento televisivo?

3. Considera suficientes os poderes inerentes ao seu cargo ou, seguindo a tendência do tempo, gostaria de acumular mais poderes para, então sim, cumprir cabalmente os seus deveres?

Mui atentamente,
Luís Botelho

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* Em 21-12-2010 11:54, I. D. escreveu:

Exmos. Senhores

Junto remeto o ofício circular n.º 10/PR 2011, de 21 de Dezembro p.p..

Com os melhores cumprimentos

Isabel Dias

domingo, 19 de dezembro de 2010

mandatário nacional

Nome: Leonardo Cunha da Silva

Data e lugar de nascimento: 29 de Outubro de 1958, Lousada

Residência: Braga

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS

Licenciado em História- Ramo Educacional- Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Especializado em Educação Especial – Deficiência Visual pela Escola Superior de Educação do Porto

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

Professor de quadro de nomeação definitiva

Professor de Educação Especial área da Deficiência Visual no Agrupamento de Escolas de Maximinos e Escola Secundária Carlos Amarante (Escoas de Referência para alunos cegos e com baixa visão)


OUTRAS QUALIFICAÇÕES

Frequência em inúmeras acções tendo em vista a progressão na carreira bem como na área de formação e especialização

Presidente da Delegação distrital de Braga da ACAPO entre 1999 e 2007

Formador na área de ensino especial e em I.P.S.S.

Mandatário nacional nas presidenciais2005 pela candidatura do Prof. Doutor Luís Botelho Ribeiro

Mandatário distrital do PPV em Braga, nas legislativas2009

Manuel Alegre e a juventude?

Os jornais noticiaram a passagem de Manuel Alegre por Coimbra, "namorando" o voto jovem.


Pode alguém que beneficia de duas reformas duas(!), propor-se representar a geração que dificilmente terá acesso a uma?
Poder, pode... mas não seria a mesma coisa.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

entrega do processo de candidatura

COMUNICADO

O processo de candidatura presidencial LuisBotelho2011 deverá ser entregue no Tribunal Constitucional, no nº 111 da Rua do jornal "o século", em Lisboa, na 2ª feira, 20 de Dezembro, pelas 15h00 (hora continental).

Não aceitaremos que, após este acto, se mantenha o "silenciamento" televisivo desta candidatura e, consequentemente, exigimos a revisão do calendário dos debates televisivos a dois, acordado entre as televisões e outras candidaturas.


gabinete de imprensa

+info 935.733.038

uma rede de cidadania activa


Primeiro as boas notícias:
Na passada quarta-feira, 15 de Dezembro, dia que o "núcleo duro" passou em Coimbra, conseguimos ultrapassar confortavelmente as 7500 assinaturas necessárias à formalização desta candidatura.

Agora a notícia preocupante:
Com 4.260 freguesias no país, a extrema dificuldade, burocracia e custos para obter junto de um universo tão diversificado de entidades as necessárias certidões de eleitor já poderia ter sugerido ao legislador a ideia de centralizar este processo no Ministério da Administração Interna, onde existe toda a informação necessária no STAPE.

Como tal ainda não se verifica e o famoso "simplex" não está a passar por aqui, estamos a convocar uma vasta rede de colaboração activa, tanto presencial como pela Internet, para conseguir instruir o processo de candidatura com toda a "papelada" necessária. Tem sido extraordinária a generosidade de tantos amigos de Portugal, do Brasil e até de Angola. A última "flash mob" da cidadania LB2011 está a permitir-nos superar todas as limitações oganizativas através da cooperação de tantos que se identificam com a nossa causa.

Já é oficial: se o nosso objectivo for atingido, como já não duvidamos que será, isso não se deve à qualidade do candidato, mas à força da mensagem que anunciamos e à vontade de verdadeira mudança de todo um povo, cansado da generalidade dos "androides mutantes" que vão dominando o poder em Portugal.

Também se prova que a Lusofonia não é um conceito dos livros da História - é uma realidade operativa, aqui e agora!

Resultado - contamos entregar a candidatura na 2ª ou 3ª feira no Tribunal Constitucional e convidaremos todos os nossos amigos a participar neste acto, podendo. Em breve anunciaremos a hora acordada com os serviços do protocolo.

O local, já se sabe, é o Palácio Ratton, na rua do jornal "O Século", nº111, em Lisboa.

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No ar deixamos a pergunta que todos fazem senhores das televisões, ao assistir a debates a dois com o prazo das candidaturas ainda a decorrer: «Também estamos aqui! E esta, hem?»

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Solidariedade com a região de Tomar

Estou solidário com as vítimas das intempéries na região de Tomar e apoio os esforços das autoridades no sentido do mais pronto restabelecimento das pessoas feridas e da completa reparação dos estragos.

Registo com preocupação o aumento da frequência destes fenómenos atmosféricos, também fruto do processo de alterações climáticas à escala global, e espero que a sociedade desperte cada vez mais para esta realidade, envolvendo-se activamente num processo de alteração de comportamentos, refreando o consumo supérfluo, procurando produtos alimentares de produção cada vez mais local, na linha do que visamos na iniciativa UMinho in transition.

É evidente que, como Presidente da República, já teríamos visitado o local e as vítimas, encorajando todos os que estão já no terreno a preparar o dia de amanhã...
... porque a Vida continua!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

COMUNICADO - debates entre todos

COMUNICADO

A decisão hoje anunciada pelas televisões - incluindo a estação pública RTP - de realizar debates a dois excluindo a nossa candidatura presidencial é arbitrária e deverá ser revista em breve. A não ser assim, além de uma violação dos princípios da igualdade de tratamento, de isenção e pluralismo informativo, a discriminação da nossa candidatura e eventualmente de outras, redundaria num atropelo ao Estado de Direito. Deve ser o Tribunal Constitucional e não "as televisões" quem valida as candidaturas, determinando quem de direito terá acesso ao pleito eleitoral presidencial e a todo o espaço de debate que uma tal condição garante com força de Lei e todas as garantias constitucionais.

Luís Botelho
Guimarães, 7 de Dezembro de 2010

liberdade de imprensa

O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) acaba de condenar o Estado Português em mais de 83 mil euros de indemnização ao jornal Público, a que acrescem seis mil euros de custas e despesas. Esta decisão visa uma sentença de 2007 do nosso Supremo Tribunal de Justiça, condenando aquele jornal a pagar 75 mil euros por ter publicado uma notícia verdadeira e de "manifesto interesse geral", segundo o TEDH.

Apesar de não se tratar de uma boa notícia para as finanças públicas, trata-se de um excelente e moralizador exemplo para um país que, tanto quanto umas sãs finanças públicas, precisa de Liberdade de Informação e de informação verdadeira como era manifestamente o caso.

E a Liberdade de Informação, de informar e ser informado com isenção e rigor, não é um favor do Estado aos jornalistas ou aos órgãos de informação, é uma exigência da sociedade civil democrática.

Contra tudo isto, essa outra decisão, hoje anunciada pelas televisões, de promover debates a dois entre alguns candidatos presidenciais anunciados, excluindo outros. Felizmente, tudo acontecerá como há cinco anos, quando também Garcia Pereira inicialmente desconsiderado na série de entrevistas com Judite de Sousa acabou por ter de ser igualmente contemplado, a contragosto.

Para alguns pretensos donos do plateau mediático, perante a passividade da Autoridade Reguladora da Comunicação Social e da própria Comissão Nacional de Eleições, esta continua a ser de facto, na famosa expressão do mesmo Garcia Pereira, uma «democracia de opereta».

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Mãos à obra

por Raquel Abecasis, RR online 29-11-2010 08:46

Há uns meses, um piloto da TAP deparou-se com uma situação que o chocou. Verificou que, diariamente, milhares de refeições confeccionadas em cantinas e outros estabelecimentos eram lançadas para o lixo, por não serem consumidas.

Escandalizado, recorreu ao Presidente da República, que remeteu a questão para o Parlamento. Passou o tempo e, da casa da democracia, nem uma única resposta.
O cidadão resolveu, então, recorrer a uma petição, via Internet, para que a lei europeia tivesse alterações em Portugal, a fim de poder matar a fome a milhares de pessoas, que necessitam daquelas refeições para sobreviver.
A petição tem já milhares de assinaturas, que vão obrigar o Parlamento a discutir o assunto a que tentou escapar.
É um bom exemplo de que, por cá, o melhor é cada um começar a tentar resolver por si aquilo que considera urgente, porque da nossa actual classe política só podemos esperar guerras desinteressantes por um poder que, graças a Deus, já não detém.
Os últimos dias têm provado que estes senhores já pouco ou nada mandam: pagam o preço da irresponsabilidade com que governaram o país e estão agora a cumprir as ordens que recebem de Bruxelas.
No pouco que ainda nos cabe decidir, é bom que a sociedade civil perceba, como este piloto da TAP, que, se não somos nós a fazer, nada podemos esperar dos agentes do Estado, que deveriam ter o interesse nacional como a sua principal preocupação.

sábado, 4 de dezembro de 2010

presidência em Guimarães

Carta sem resposta (mais uma!) dirigida em Abril de 2006 ao presidente Aníbal C. Silva

Excelentíssimo Senhor Presidente da República

Excelência,

É um grupo de cidadãos do norte de Portugal, um grupo de portugueses fortemente ligados à cidade de Guimarães e imbuídos do seu Espírito, este que vem respeitosamente saudar Vossa Excelência.
Sentimos que esta cidade, esta região que desde a primeira hora acalentou a chama da independência, tem ainda muito para dar a Portugal. Tem, acima de tudo, esse legado único e de Valor inestimável que são as raízes históricas, a fonte baptismal da identidade, sem a qual se dissolverão progressivamente os traços individuantes de um carácter para o qual nem a União Europeia nem a Globalização conseguiram até agora encontrar substituto à altura.
À entrada de um novo século em que as questões do diálogo norte-sul, do desenvolvimento sustentável e da Paz entre diferentes religiões se revelam cada vez mais centrais no concerto internacional, mais e mais importantes se tornarão para o mundo exemplos de "modos de ser", culturas de tolerância e "brandos costumes" como aquela que o povo português foi secularmente sedimentando, e continua a propôr vivencialmente.
Diante desta realidade dum património civilizacional e cultural da humanidade, menos conhecido que o patrimóio arquitectonico que a UNESCO há algum tempo reconheceu mas não menos importante, sentimos ser nosso dever partilhá-lo duma forma ainda mais franca com o País e o Mundo. Estamos dispostos, metaforicamente falando, a franquear as portas do nosso castelo e derrubar as nossas muralhas, fornecendo aos portugueses o pretexto que sentem faltar-lhe para se assumirem diante do mundo como aquilo que essencialmente são; e para renovarem, perante o mesmo mundo, uma proposta, uma atitude e um diálogo com oito séculos e meio. Falamos deste diálogo inter-cultural que, no passado recente, outros conseguiram quase silenciar sem de todo lograr desatar os laços de intercontinentais vínculos.
Eis a simbólica ideia e o Espiríto que anima este Povo de Guimarães que, por nossa mediação, vem convidar Vossa Excelência, Senhor Presidente da República, a estabelecer a sua residência, se não com carácter oficial e permanente, ao menos de um modo mais frequente e durável que os respeitáveis antecessores de Vossa Excelência, no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães e aqui receber o Senhor Primeiro-Ministro em audiência semanal.
Os milhares de assinaturas de cidadãos que se quiseram associar a este convite, são outro sinal da união de tantas pessoas, famílias, jornais, rádios, blogues, associações, clubes, escolas, empresas e autarquias em torno desta aspiração antiga do norte de Portugal, onde tudo começou, para voltar a acolher e honrar com a sua hospitalidade o mais alto dignitário do Estado Português. O povo do norte desde já se prontifica a assegurar à sua custa que, aceite este convite, aquele espaço readquira e mantenha as melhores condições de dignidade e conforto, consentâneas com a importância do inquilino e com a proverbial Hospitalidade e o gosto de bem receber destas gentes.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

bolsas de estudo


Sinal evidente da inversão de prioridades do Estado é a redução do acesso a bolsas de estudo no ensino superior e, ao mesmo tempo, a intenção n vezes reiterada de manter o projecto, ou antes, a construção do TGV. (se parte significativa da tecnologia fosse portuguesa, ainda se poderia falar em projecto. Assim, não.)

Qual das duas medidas é efectivamente geradora de futuro para Portugal? Adquirir tecnologias estrangeiras sem incorporação de valor nacional ou... investir no nosso capital humano, proporcionando aos nossos jovens mais desfavorecidos uma oportunidade no ensino superior?

--- § ---

Seguindo na mesma linha de raciocínio, questionamos se será mais importante que os portugueses comprem painéis solares ou que ponham os seus filhos a estudar. Segundo a política orçamental de 2010, a primeira opção garantia maiores isenções do que a segunda - contra a nossa proposta em devido tempo entregue na fase de «discussão pública» (pelos vistos, encarada pelos políticos como mero pro forma).

Será que o orçamento de 2011, concertado entre o PS e o PSD, vai corrigir esta grave inversão de prioridades?...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Portugal in transition


Está em arranque uma iniciativa de "transição" na Universidade do Minho que espero venha a dar bons frutos e possa "contagiar" a região envolvente: o que tanto se pode entender como a "região do Minho" como a "região da universidade portuguesa".

Pergunto: quanto mais não se poderia fazer pela divulgação dete movimento global com uma iniciativa "presidência em transição" e (por que não?) uma horta pedagógica em Belém ou no Paço dos Duques em Guimarães, quando um futuro presidente se decidir a instalar-se na sua residência oficial a norte?


terça-feira, 23 de novembro de 2010

RTP para quê?


Para que serve uma estação de televisão formalmente pública, isenta e pluralista, paga pelos impostos de todos... se num período de pré-campanha eleitoral, como o que vivemos, esta se permite dar todo o destaque às "candidaturas do regime" e silenciar aquelas outras donde, para os portugueses, pode aparecer alguma novidade e esperança?

Para que havemos de continuar a suportar com os nossos impostos um défice anual de mais de 100 milhões de euros, se a RTP não serve afinal para corrigir as desigualdades de um sistema mediático entregue à lógica cega(?) do mercado?

Privatize-se, pois!


Poderão as Presidenciais servir para discutir os problemas do país?

Em crónica recente, questionava o Prof. Dr. Eng. António Ferreira:

«Desempenhando o Presidente da República, no nosso sistema constitucional, um papel fundamental no equilibrio de poderes, deveriam as eleições ser a oportunidade para o confronto de projectos diferenciadores do desempenho da função presidencial numa perspectiva de progresso da sociedade portuguesa

Em jeito de comentário...

Espero poder contribuir para que, mais do que os problemas, as próximas presidenciais sejam uma oportunidade para contrapor modelos alternativos de desenvolvimento para o nosso país; esclarecer mesmo a questão da identidade nacional, especialmente entre a geração mais nova, a que terá de arcar com as consequências mais gravosas do desnorte em que vamos à deriva.

presidente, eSCUTe

Um «presidente de todos os portugueses» não deve pactuar com a retaliação de um governo sobre determinadas regiões que escolhem um partido diferente para as suas autarquias. Perante a falta de públicas e objectivas justificações para o que está a acontecer nas ex-SCUTs do litoral norte, é precisamente isto que parece estar a acontecer.

É democraticamente inaceitável que um governo seja eleito com um programa que depois não cumpre, perante a «indiferença estratégica» do Presidente da República. Mais do que isso, é intolerável a perseguição fiscal de certas regiões quando se trata, afinal, de "distribuir o mal pelas aldeias".

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

isenção e pluralismo informativo

Excelentíssimo Senhor,

Presidente do Conselho de Administração da RTP

Dr. Guilherme Costa

Guimarães, 16 de Novembro de 2010

ASSUNTO: cobertura noticiosa da candidatura pro-Vida à Presidência da República

Ex.mº Senhor,

Luís Filipe Botelho Ribeiro, cidadão português de pleno direito com o nº de B.I. 7678228, professor da Universidade do Minho, vem requerer a V. Ex.ª a tomada imediata de medidas correctivas da desigualdade de tratamento, mais de um mês transcorrido após a marcação das eleições presidenciais (em 14.10.2010).

Estando a preparar pela segunda vez uma candidatura à Presidência da República, e apesar de o nosso gabinete de imprensa ter comunicado a realização de diversos eventos e conferências de imprensa, até ao momento a RTP – estação de serviço público – não nos consagrou a mínima atenção, ao contrário do que sucede com outras candidaturas.

Isto perfigura uma situação clara de “desigualdade de tratamento”, violando-se assim a «obrigatoriedade de proporcionar igualdade de oportunidades e de tratamento das candidaturas» (46º LEPR e 1º e 2º Lei 26/99, 3 Maio) e a «obrigatoriedade de observar os princípios da neutralidade e imparcialidade» (47º LEPR e 1º e 3º Lei 26/99, 3 Maio), conforme redacção da súmula publicada pela Comissão Nacional de Eleições em http://www.cne.pt/dl/cal_pr_2011.pdf.

Venho, por isso, requerer dos responsáveis máximos da RTP que até 24 de Novembro seja reparada a actual situação de desigualdade de tratamento, conformando-se desta forma a RTP com a Lei e contribuindo igualmente para o pluralismo e transparência democráticos.

Atentamente

De V. Excelência,

Luís Botelho Ribeiro


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

carta aberta ao Presidente da República

Excelentíssimo Senhor

Presidente da República Portuguesa (*)


Excelência,

Saúdo em V. Ex.ª, senhor Prof. Cavaco Silva, o Presidente de todos os portugueses.

Em Agosto de 2005, o então Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, atendeu os pedidos de audiência que, na qualidade de pré-candidatos presidenciais lhe dirigiram Mário Soares e Cavaco Silva. Em poucos dias recebeu a ambos no Palácio de Belém.

Encontrando-me na mesma situação de V. Ex.ª há cinco anos, i.e. a preparar uma candidatura presidencial, escrevo para solicitar igual audiência do actual Presidente da República. Apelo para o seu carácter pessoal e sentido democrático, plenamente confiante de que a circunstância de se recandidatar o não moverá a prejudicar um concorrente, furtando-se a recebê-lo em Belém. Os portugueses não entenderiam uma duplicidade de critérios de alguém que enquanto candidato pedisse e obtivesse algo que mais tarde, já presidente, viesse a negar a outros cidadãos. Isso equivaleria a fazer acepção entre cidadãos de primeira e de segunda categoria.

Pela minha parte, e bem ao contrário de Manuel Alegre que publicamente considerava V. Ex.ª já candidato quando ainda era apenas o Presidente de todos nós, eu considerá-lo-ei - até ao fim do mandato – Presidente da República, embora também candidato. E é, portanto, ao Presidente que eu escrevo e não ao candidato à re-eleição. E peço uma audiência a V. Ex.ª para pessoalmente e de viva voz lhe expressar as disposições cívicas desta candidatura e a firme intenção de a levar até às urnas. Desejo ainda manifestar a minha visão do exercício do cargo presidencial, a bem da Vida, a bem das famílias portuguesas, a bem do futuro de Portugal.

Guimarães, 10 de Novembro de 2010

Muito atentamente

De V. Excelência,

o candidato Luís Botelho Ribeiro

(*) apenas publicada após recepção da confirmação de leitura pela presidência

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

conferência de imprensa - 6ª feira

conferência de imprensa - 6ª feira, 12 de Novembro pelas 15h00
no Hotel da Penha em Guimarães


A candidatura presidencial LuísBotelho2011 convida os Ex.mºs senhores jornalistas para uma conferência de imprensa a realizar na próxima sexta-feira, dia 12 de Novembro, pelas 15h00 no Hotel da Penha em Guimarães.

Neste encontro com a comunicação social será divulgado em primeira mão o teor da carta que o candidato acaba de enviar ao Senhor Presidente da República com carácter de urgência. Paralelamente, serão prestados todos os esclarecimentos sobre o programa e últimos desenvolvimentos verificados nesta candidatura.

a direcção de campanha

Imprensa: Carlos Sousa 935.733.038
Assinaturas: Luís Paiva 967.014.648
luisbotelho2011@clix.pt

terça-feira, 9 de novembro de 2010

resistência activa e passiva contra os invasores

Reflectindo sobre algumas questões de Defesa Nacional, deparei com uma posição do Gen. Garcia Leandro - que ontem mesmo tive o gosto de conhecer pessoalmente e partilhar algumas experiências de vida em Angola: antigas as dele, recentes as minhas.

Criticando a proposta de Lei da Defesa Nacional, já em Abril de 2009, discordava o nosso distinto General da proposta de eliminação de certo artigo onde se podia ler:

"a defesa da Pátria é dever fundamental de todos os Portugueses (Artº 276º da Constituição da República) e que dizia ser dever individual de cada português a passagem à resistência activa e passiva" nas áreas ocupadas por forças estrangeiras.

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Estou inteiramente de acordo com o pensamento do Digm.º General e até diria mais. Porventura é o dever de cada português patriota, a resistência (pacífica na medida do possível e da paciência...) também nas áreas ocupadas por obscuras "forças nacionais", como a imprensa governamentalizada, as empresas públicas, as "empresas amigas do PS", o Banco de Portugal ou mesmo o Supremo Tribunal administrativo e até o Supremo Tribunal de Justiça, segundo o Juiz de Direiro, Costa Pimenta

Ainda que a o não diga expressamente, isso já pouco ou nada importa a muitos portugueses, especialmente aos mais novos entre os quais me encontro.É preciso resistir activamente aos grupos e indivíduos que estão a encaminhar o país para a ruína e as novas gerações para um arnez de dívidas contraídas pelos avós para pagar vaidades de governantes "novos-ricos".

Uma forma mui nobre de resistência poderá ser a mobilização da Sociedade Civil na Plataforma Activa de que ontem tive conhecimento. Aos que matam os filhos de Portugal nas clínicas de aborto, ou nos roubam o futuro nas "parcerias" com as empresas amigas, há que resistir e não ceder ao medo que eles tentam semear.

Outra forma, a que escolhi, pode ser a confrontação do "inimigo" no seu próprio terreno, indo a votos e intervindo no espaço público a que também temos direito para afirmar Princípios e Valores inegociáveis que o povo português dolorosamente vai compreendendo que deve recuperar... para seu próprio bem.

Ajude-nos, colaborando na angariação de assinaturas e espalhando a mensagem: Portugal não morreu, há uma nova atitude e um novo rumo no horizonte.

Portugal tem futuro!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

políticos católicos sem complexos, pede o Papa

PAPA APELA A UMA NOVA GERAÇÃO DE POLÍTICOS CATÓLICOS

“SEM COMPLEXOS”

Mensagem à Semana Social na Itália

REGGIO CALABRIA, sábado, 16 de Outubro de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI advogou por uma nova geração de políticos católicos “sem complexos de inferioridade”, em uma mensagem enviada nessa quinta-feira à 46ª Semana Social dos Católicos Italianos.

Na carta lida aos congressistas, na localidade de Reggio Calabria, o Papa, recordando o tempo de crise, lança um apelo “para que surja uma nova geração de católicos, pessoas interiormente renovadas que se comprometam na actividade política sem complexos de inferioridade”.

“Esta presença, certamente, não se improvisa – afirma o pontífice –: é o objectivo ao que deve mirar um caminho de formação intelectual e moral que, partindo das grandes verdades em torno a Deus, ao homem e ao mundo, ofereça critérios de juízo e princípios éticos para interpretar o bem de todos e de cada um”.

Por sua parte, o pontífice alenta a Igreja na Itália a “se empenhar na formação de consciências cristãs maduras, quer dizer, alheias ao egoísmo, à cobiça de bens e à ânsia de carreira e, em contrapartida, coerentes com a fé professada, conhecedoras das dinâmicas culturais e sociais deste tempo e capazes de assumir responsabilidades públicas com competência profissional e espírito de serviço”.

“O compromisso sociopolítico, com os recursos espirituais e as atitudes que requer, é uma vocação alta, à qual a Igreja convida a responder com humildade e determinação”, conclui.

Fonte: zenit.org

domingo, 17 de outubro de 2010

uma mensagem de apoio

Caros amigos,

Depois de várias tentativas «furadas» de candidatos presidenciais alternativos aos mesmos do costume, e devidamente queimados em praça pública, envio este apelo a todos os portugueses de boa vontade.

Um apelo a todos, mesmo aqueles que não votam em eleições presidenciais; mesmo aqueles que não sabem ainda em quem votar; para todos aqueles que sabem em quem vão votar, mas consideram que é importante que outras «vozes» se façam ouvir.

Uma «voz» que tem feito falta a esta Nação que se afunda a cada dia que passa.

Uma voz de esperança e de responsabilidade!

Uma voz em defesa da vida, em defesa dos tradicionais valores desta sempre Terra de Santa Maria.

Essa voz, que importa que se faça ouvir, está na candidatura presidencial do professor Luís Botelho Ribeiro, candidato do movimento Portugal Pró-Vida!

http://portugalprovida.blogspot.com/

Nunca será de mais termos uma voz diferente, com uma mensagem diferente e com um espírito diferente do defendido à volta dos tradicionais partidos políticos da nossa «praça».

Assim sendo, o favor que peço a todos, em nome de Portugal, é que baixem o anexo, fotocopiem e façam-no circular pelos amigos, familiares e colegas a fim de se conseguirem as tão desejadas assinaturas para vermos o professor Luis Botelho Ribeiro ter a oportunidade de nos representar e fazer ouvir a sua e a nossa «voz».

A possibilidade desta «voz» diferente se fazer ouvir depende única e exclusivamente de nós!

Com a nossa assinatura essa «voz» poderá fazer-se ouvir. Não desperdicemos a oportunidade, para não sermos julgados pelos nossos filhos e netos como os responsáveis pelo afundar do País e por apenas contribuirmos para que os mesmos se façam ouvir e tudo fique igual ao que está (sempre para pior!).

Um forte abraço e contem sempre com o
José Carvalho

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Alegre foge: ontem como hoje

Ontem como hoje, Alegre furta-se ao combate político frente a frente. Convidado directamente e na imprensa para um jantar-debate dia 8 no Hotel da Penha, passando embora o dia em Guimarães, não compareceu nem se dignou responder, como se esperaria de um verdadeiro candidato a "presidente de todos os portugueses". Se a Democracia se faz de diálogo e debate, percebe-se que esta "esquiva" em nada contribui para o reforço da mesma cidadania em nome da qual o candidato-poeta Alegre se dizia apresentar. Ficam portanto sem resposta as questões que lhe preparáramos e que visavam confrontá-lo com os bem tristes e prosaicos resultados a que a governação do seu grupo político está a conduzir o nosso país.

Guimarães, 13 de Outubro de 2010
Luís Botelho Ribeiro

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Botelho desafio Alegre para jantar debate em Guimarães

O candidato presidencial pro-Vida, Luís Botelho, tem vindo a convidar outros candidatos para jantares-debate a realizar em Guimarães, cidade-berço de Portugal. O primeiro destes jantares-debate deverá acontecer já na próxima sexta-feira, dia 8 de Outubro pelas 22h00, com Manuel Alegre se o candidato que em 2006 se afirmava "da cidadania" aceitar o repto e não se furtar às suas responsabilidades democráticas.

Os apoiantes de uma ou outra candidatura podem fazer a sua reserva através do seguinte número de contacto, indicando o candidato que apoiam:
.... tmv. 967.014.648 - Sr. Luís Paiva

Serão aceites não mais de 40 inscrições para cada lado.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

no money

E por que não uma candidatura "no money"? Irá o cidadão-eleitor compreender a proposta? A resposta dos políticos tradicionais seria imediatamente que não. E até a generalidade dos novos partidos também não acreditou e "enfeitou" ruas e estradas com milhares de euros, transformados em cartazes, pendões e faixas.

Mas será mesmo assim? Terá que ser assim?...

Diante de uma política prisioneira de interesses que, depois de pagar a campanha, cobram em "facilidades" (porque «não há almoços grátis»), não será o momento de dar à amadurecida democracia portuguesa uma alternativa realmente independente?

Confiemos na maturidade dos cidadãos portugueses - eles sabem que não votam em Outdoors mas em pessoas de carne e osso cujos valores partilham!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

os mineiros chilenos e a Vida

por Luís Botelho Ribeiro

É por minha culpa, por minha grande culpa que o mesmo mundo que, desde o início de Agosto, acompanha com ansiedade a evolução das operações de salvamento da Vida Humana de 33 mineiros chilenos, prossegue indiferente ao abortamento da Vida Humana de 40 a 50 milhões de bebés concebidos em cada ano.

Cada dia que a perfuradora encrava ou retoma a sua actividade... as famílias sobressaltam-se ou recobram esperança. As redacções agitam-se, as televisões fazem directos e o cidadão comum vai seguindo o drama transformado numa novela que cada vez mais, felizmente, se desenha com final feliz para aqueles 33 seres humanos como nós, embora escondidos do nosso olhar directo, lá na sua mina a 700 metros de profundidade . No entanto, durante a mesmíssima paragem da máquina, há outros 120.000 seres humanos como nós que ninguém quer salvar lá do interior da sua pequena "mina".

- Porque razão se nos prende o olhar à televisão quando o telejornal nos mostra imagens daquela mina.. e nos afastamos quando nos mostram a vida humana intra-uterina que estamos a matar?
- Por que razão nos solidarizamos com os mineiros chilenos, mais ou menos jovens, e recusamos abrir o nosso coração a sentimentos de solidariedade para com os mais jovens dos portugueses?
- Por que razão, se preciso fosse, nos quotizaríamos para acelerar aquela perfuradora e antecipar a libertação dos mineiros... mas votámos conscientemente(?) no sentido de que uma parte das nossas quotizações ao estado seja usada para fazer com que 20.000 bebés portugueses jamais vejam a luz do dia?

Por isso reconheço que só pode ser "por minha, por nossa grande culpa", de todos os que nos dizemos pela Vida, que a nossa convicção não é proclamada mais alto à sociedade portuguesa. Só pelo nosso silêncio e passividade ainda se não tornou evidente para todos os portugueses que... se temos um coração humano que também bate pelos outros, temos de afirmar sempre e em qualquer lugar, oportuna e inoportunamente, que nenhum homem tem o direito de parar um coração humano!

A dignidade da Vida Humana não tem prazo de validade inicial ou final. E só quando a respeitarmos nos outros podemos esperar Justiça também para nós. Até lá, a luta continua e continuará sempre, sem medo nem cansaço. A próxima batalha está aí - vamos às presidenciais.

Está escrito que o presidente garante a constituição e também que a constituição garante a inviolabilidade da vida humana. Letra morta que temos hoje a possibilidade de transformar em letra viva! Tal é o compromisso que assumo consigo e em nome do qual peço que nos ajude a reunir 7500 declarações de apoio devidamente assinadas: que o estado português se oriente para a Vida, para a Família, para a Justiça, assumindo de forma consequente, no espírito, na letra e na prática, os valores da solidariedade cristã que, desde a fundação em Guimarães, sempre nos nortearam.

Guimarães, 30 de Setembro de 2010

NB - vd. notícia no jornal «público» de hoje, 30.09.2010, na pág. 14

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

À atenção de Manuel Alegre

Chegou-nos à caixa de correio uma mensagem de teor muito grave, com remetente identificado e que estará a circular pela internet. Essa mensagem contém o testemunho de antigos militares portugueses na Base Aérea BA7 de São Jacinto - Aveiro, afirmando ter ouvido na rádio «Voz de Argel», no ano de 1968, o regozijo de Manuel Alegre com a morte acidental de dois aviadores portugueses do AB3 Negage - Angola (Lamy e Lopes), atribuindo-a mesmo - embora erroneamente - à acção inimiga.

A ser verdade, Manuel Alegre não reuniria as condições morais mínimas para aspirar a tornar-se Presidente de Portugal, tornando-se assim o chefe supremo das forças armadas, depois de anteriormente ter manifestado regozijo por baixas inflingidas a essas mesmas forças.

A não ser verdade, em parte ou no todo, impõe-se que Manuel Alegre - usando o espaço de antena que os media do actual regime, ao contrário de que fazem a outros, não lhe regateiam - faça de imediato um desmentido que também aqui publicaremos para público esclarecimento da verdade.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

carta aos cristãos

A cultura e os Valores identitários fundamentais do povo português enquadram-se no que habitualmente se designa como a civilização de matriz cristã. Na Europa e, muito particularmente, em Portugal esta realidade tem sofrido um ataque cerrado e tende a ficar tão menosprezada no discurso oficial, quanto arredada da acção governativa e da política em geral.

Perante o ambiente hostil, muitos cristãos se viram tentados a limitar a sua prática religiosa ao domínio da intimidade familiar ou comunitária, abstendo-se de afirmar e defender os seus valores no debate concreto das opções sociais e políticas do nosso país. O resultado está à vista de todos e não é animador. Num momento em que qualquer minoria activa consegue fazer avançar as suas causas, a enorme massa adormecida dos cristãos vai-se conformando com o mundo e assistindo em silêncio ao avanço sem oposição da “mentalidade mundana”, da “cultura de morte”.

Podem os cristãos tornar-se os últimos na generosidade e na entrega ao seu ideal? Não sentiremos todos uma ponta de vergonha quando vemos tantos pequenos grupos mobilizados na rua ou no ciber-espaço em defesa dos direitos do lince ibérico, dos ovos de águia Bonelli, dos ninhos de cegonha, dos touros, das águas bravas do rio Sabor, das gravuras de Foz Coa... e nós que, com Cristo, chamamos Pai a Deus, não somos capazes de sair do sofá para reconhecer como nossos irmãos os mais de 50.000 bebés já abortados “legalmente” pelo estado português com o dinheiro dos nossos impostos?

Há agnósticos e ateus que dedicam o seu tempo a afirmar direitos sem dúvida respeitáveis e nobres, e nós, cristãos, não nos damos sequer ao trabalho de afirmar o mais nobre e fundamental de todos esses - o direito à vida?

Como cristãos, sabemos que a dDignidade da Vida Humana não pode depender da idade do embrião, feto, criança ou adulto que se considere. E se tomamos Cristo como nosso Senhor – e Senhor da Vida - não podemos ficar calados diante dos senhores terrenos que nos vão impondo um modelo de sociedade onde a Vida humana é considerada descartável, onde há vidas de primeira e de segunda e onde o consumo e a dinâmica económica se sobrepõem aos Valores inegociáveis do cidadão-cristão.

Como verificámos nos últimos anos, o Presidente da República constitui uma instância democrática que poderia exigir dos políticos uma reflexão séria antes de dar certos e perigosos passos. Mas também pode, como infelizmente sucedeu, colaborar na destruição da família, deixando passar o aborto, o divórcio simplex, o casamento homossexual, o “apadrinhamento civil” ou a “educação sexual obrigatória (e ideologicamente sectária)” sem suscitar sequer a verificação de constitucionalidade.

Atento a isto, o movimento Portugal pro Vida decidiu assumir as suas responsabilidades lançando uma candidatura presidencial e, desta forma, reivindicando uma voz activa na defesa dos nossos Valores. Pela minha parte, aceitei dar a cara por uma candidatura de inconformismo e alternativa pro-Vida, a qual, porém, só será uma realidade se, em Liberdade e em consciência, nos ajudardes a reunir as 7.500 assinaturas necessárias. Bastará para tal imprimir e devolver preenchida a declaração de apoio acessível em http://portugalprovida.blogspot.com e http://luisbotelho2011.blogspot.com/.

Conto com a vossa Oração mas igualmente com a vossa Acção comunitária para, juntos, erguermos bem alto – também no terreno do debate cívico e político – o estandarte da Vida.

Saudações fraternas,

Luís Botelho Ribeiro

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

presidenciais

Muitas pessoas nos têm colocado dúvidas e questões sobre a organização do processo de candidatura, prazos de envio das assinaturas, etc.

Aqui fica o apontador para um artigo de apoio à candidatura do Dr. Fernando Nobre (pessoa que muito respeitamos, mau grado as posições divergentes em matéria de "aborto" e outras). Na secção «Candidatura, Assinaturas, Prazos e Proponentes» poderão ser encontradas muitas informações úteis também para nós. Claro que um «político profissional» jamais daria publicidade - como aqui acabamos por fazer - a um potencial adversário. Mas também não sou nem quero ser um "político profissional"... :-)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

ironia socrática... ou puro cinismo?

A propósito da inauguração de uma creche, que se saúda, não podiam ser mais enganadoras as declarações do primeiro-ministro que liberalizou o aborto, banalizou o divórcio, reconheceu as "famílias" homossexuais (por natureza estéreis) e "apadrinhou" a adopção de crianças por parelhas homossexuais.

José Sócrates diz que Quer incentivar a natalidade
... mas foi sob o seu governo que pela primeira vez tivemos menos de 100.000 nascimentos ano e o número de óbitos ultrapassou o de nascimentos

José Sócrates diz que quer um «Estado Social moderno»
... mas o seu ataque permanente à Família e à dignidade da Vida dá um contributo decisivo para o agravamento do Inverno Demográfico que põe em causa, precisamente, o Estado Social

José Sócrates e o PS dizem querer criar condições para que «as jovens famílias tenham os filhos que desejam ter»
... mas sabem que, além da crise económica e de valores, mais do que a falta de creches o que desmotiva a fecundidade das jovens famílias portuguesas é a insegurança no emprego e nas ruas, agravada pela cobertura da política a pedófilos com imunidade parlamentar e direito(?) a indemnização do Estado

domingo, 18 de julho de 2010

direita pro-Vida + esquerda pro-Vida

Um comentário que li no blogue «do Portugal Profundo» dizia que a candidatura do Professor Botelho Ribeiro (BR) é de direita! Eu respondi que isso não é verdade. É uma candidatura que não é propriedade da direita! BR irá obter muitos votos de pessoas com ideais de esquerda, mas que não partilham de princípios que defendem a morte (o aborto) e a confusão sexual, com alteração das leis naturais e a ameaça da continuidade da espécie no nosso País (ver "Inverno Demográfico").
Pessoas como eu, que continuam a acreditar que a defesa da família passa pela defesa dos direitos básicos (pão, saúde, habitação e educação), não sabiam em quem votar, porque não queriam votar em Cavaco e também não podiam votar naqueles que se apoiam no "socialismo" de Sócrates. Agora podemos votar em alguém que terá apoio de todos os que se sentem inclinados para um estado verdadeiramente solidário, mas que acreditam na doutrina social da Igreja e sabem que têm do seu lado a força da razão.

Carlos Sousa

quinta-feira, 15 de julho de 2010

para a rua, já!

In http://jesus-logos.blogspot.com/

Finalmente veio a público[1] aquilo que de há muito era conhecido de poucos. Foi o Cardeal Karol Wojtyla, futuro Papa João Paulo II, que despoletou aquela mobilização imensa da Igreja, Bispos, Sacerdotes e demais Fiéis - Leigos, Religiosos e Consagrados -, que varreu ou esmagou o assalto ao poder do totalitarismo comunista em Portugal, em 1975. De facto, nesse ano, tendo o, então, Bispo de Aveiro, D. Manuel de Almeida Trindade, ido a Roma como desabafasse com o Cardeal polaco K. Wojtyla sobre a situação política em que o país se encontrava, este, tomando conhecimento detalhado das circunstâncias, logo imperou "Vá para a rua, já!". Regressado a Portugal, de imediato, o Prelado cuidou de suscitar uma grande manifestação, na qual participou. Logo a iniciativa se propagou por várias Dioceses, Braga, Coimbra, Lamego, Leiria – a Igreja, em peso, desde os mais altos dignitários até ao mais simples dos fiéis, permaneceu na rua suscitando uma vaga que vem a culminar na Fonte Luminosa, em Lisboa, com Mário Soares a apropriar-se do movimento genuína e radicalmente católico. Talvez um dia, quando se escrever a história sem preconceitos ideológicos, o seu nome venha a figurar, como um apêndice menor numa nota de rodapé.

É verdade que a Virgem Maria revelou em Fátima que a Rússia poderia vir a espalhar, caso não houvesse verdadeira oração, penitência e conversão os seus tremendos e atrozes erros e pecados pelo mundo como, infelizmente, se veio a verificar. Seguramente, um dos mais graves foi o da legalização/liberalização do aborto, como consequência de uma visão do mundo materialista e ateia. Mas, não é por acaso, que um autor Católico, muito benquisto do vasto espectro de sensibilidades dos fiéis, G. K. Chesterton, adverte e profetiza que o maior dos perigos não vem de Moscovo mas sim de Manhattan (Nova York). A fusão ou “casamento” deste espírito com o de Moscovo gerou a mais hedionda e perigosa das serpes ideológicas ramificada em múltiplas cabeças cheias de perfídia e perversidade.

Supor que a farsa democrática, que se vive actualmente, é menos perigosa e nociva do que a de 1975 é o cúmulo da ingenuidade, ou da estupidez. Hoje, tanto ou mais do que ontem, é necessário ir “para a rua, já!” A começar por suas Excelências Reverendíssimas e suas Eminências, para dar o exemplo e animarem as tropas para o gigantesco combate a que não podemos nem devemos fugir. É tempo de deixarem as sacristias, o conforto dos Paços Episcopais, a letargia anestesiante das falsas amizades lisonjeiras, os silêncios, as ambiguidades e acomodações que bradam aos Céus.

Nem em 1975 se alcançou tanta soma de graves injustiças e de profundos males como nos dias de hoje.

Nuno Serras Pereira

09. 07. 2010



[1] Helena Matos, Os caixões com armas, Público, 8 de Julho de 2010:


A história é breve e leva-nos ao Portugal de Julho de 1975. O país declarava-se em processo revolucionário e o MFA desvalorizava o resultado das eleições burguesas, contrapondo-lhe a dinâmica da luta de classes. A Igreja Católica não tinha muitas ilusões sobre o que se seguiria, mas a habitual passividade da elite católica portuguesa, a par do receio de se ver conotada com o reaccionarismo, ia deixando os responsáveis eclesiásticos numa expectativa cada dia menos tranquila, mas muito tolhida.

Estava o país nestes transes quando o então bispo de Aveiro, Manuel de Almeida Trindade, se deslocou a Roma. Aí, num encontro com outros bispos, foi dando conta, no tom moderado, quase tímido, que dizem ter sido o seu, do que se passava em Portugal. Fosse por que tanta moderação lhe deu que pensar ou por qualquer outra razão, um dos bispos presentes perguntou ao bispo português se a Portugal já tinham chegado os caixões com armas. Ou seja, se os sectores não comunistas não só já tinham sido acusados de conspirar contra a revolução como de nessa actividade conspirativa terem perdido o respeito pelos mortos, transportando armas em caixões. O bispo de Aveiro respondeu que sim, que de facto os caixões com armas, ou, melhor dizendo, o boato acerca deles, já chegara a Portugal. Ao que o bispo que o interrogara lhe disse peremptoriamente "Vá para a rua, já!"

O homem que tão aguerrido conselho deu ao bispo de Aveiro chamava-se Karol Wojtyla e sabia por experiência própria que a acusação dos caixões com armas era recorrente em todos os processos de conquista do poder pelos partidos comunistas e que seria isso que ia acontecer em Portugal, caso os democratas, e entre eles os católicos, não fossem para a rua defender as suas posições.

Independentemente de Karol Wojtyla ter ou não operado os milagres que aos olhos dos católicos o podem tornar santo, era certamente um homem de grande intuição política e um orador dotado de invejáveis dotes de persuasão, pois a verdade é que o bispo de Aveiro, uma vez regressado a Portugal, se deixou de reservas e foi mesmo para a rua: a 13 de Julho de 1975 teve lugar em Aveiro a grande "Manifestação dos Cristãos" e desde essa data o bispo de Aveiro e boa parte dos dirigentes católicos não mais saíram da rua até Novembro de 1975. As manifestações de católicos repetiram-se em Coimbra, Lamego, Leiria e Braga, tornando-se evidente que a Igreja não estava com o MFA e muito menos com a revolução.

Nos últimos tempos tenho-me lembrado não dos caixões com armas propriamente ditos, se é que eles alguma vez existiram, mas daquilo que eles representam enquanto recurso da agitação e propaganda: um inimigo imaginário que todos os dias é invocado para manter o povo em constante frenesi. Este, entretido nessa verdadeira caça aos gambuzinos, não tem tempo ou sequer a possibilidade de reflectir na catadupa de actos que estão a ser praticados por aqueles que detêm o poder. Vistos à distância, seja esta distância temporal, como acontece com o PREC, ou geográfica, veja-se o caso das diatribes de Chavez na Venezuela, estes procedimentos de agitprop são sempre óbvios e patéticos. Mas para quem vive imerso neles é como se não houvesse tempo ou disponibilidade para mais nada.

Em 1975, em Portugal, faltavam bens essenciais, os serviços públicos funcionavam nos intervalos das greves, a tropa levava o dia em plenários, milhões de cidadãos com nacionalidade portuguesa andavam às voltas em África, mas nada era mais importante que correr atrás dos fascistas. E todos os dias se vislumbravam mais fascistas, pese há meses não se fazer mais nada senão combater os fascistas.

Em 2010, os caixões com armas continuam a andar por aí. Agora não estão ao serviço do capital, pois o socialismo de Estado que nos rege precisa desesperadamente que a actividade privada pague os impostos indispensáveis quer à manutenção da mitologia do Estado providência, quer à prosperidade da oligarquia que faz negócios, gere e manda como se o Estado fosse coisa sua. Neste PREC contemporâneo a igualdade nos bens materiais não é assunto que mobilize as massas, até porque estas foram percebendo, à sua dolorosa custa, que quanto mais igualdade lhes prometem, mais pobres ficam. O homem novo pode ser pobre ou rico, tudo depende da sua relação com o Estado e não com o capital. O desígnio da igualdade transferiu-se do capital para o corpo. E neste novo campo de batalha todos os dias há uma desigualdade que urge exterminar: a humanidade deixou de se dividir nos desigualíssimos homens e mulheres para passarmos todos a pessoas.

Portugal levou os últimos meses pendente desse enorme combate que foi o do fim da desigualdade dos homossexuais que não se podiam casar. Agora que se celebrou o extraordinário cômputo de 18 casamentos entre pares homossexuais já nos foi anunciado que vai ser atacada a enorme desigualdade que recai sobre os casais homossexuais ao não se lhes permitir que se altere a filiação das crianças de modo a que estas tenham dois pais ou duas mães. Como boa parte deste nosso PREC actual é decalcado do espanhol, nomeadamente a governamentalização e controlo pelos partidos socialistas no poder em ambos os países das associações que dizem combater as desigualdades, não é muito difícil perceber o que aí vem: sob o lema da Diversidade Afectivo-Sexual a disciplina de Educação Sexual vai ser palco de inúmeras polémicas nas escolas sobre o modelo de família que se deve apresentar às crianças. Como os tempos vão de crise não teremos por enquanto cursos de masturbação para adolescentes como aconteceu em Espanha, por sinal numa das zonas mais pobres daquele país e em que o desemprego entre os jovens atinge os valores estratosféricos de 44 por cento. Mas teremos certamente uma enorme atenção às pessoas transgénero que agora se descobriu que devem poder mudar de género por via administrativa.

Nada disto se traduz em mais direitos ou mais respeito para com estas pessoas, pela mesma razão por que também não acabámos um país rico em 1975: o que se pretende não é melhorar a vida das pessoas. É sim servir-se delas como se torna óbvio quando alguém um dia cansado de tanta palermice diz em voz alta aquilo que muitos sussurram. Foi isso que aconteceu há 35 anos. Em Novembro de 1975, estávamos nós naquele nunca mais acabar de fascistas, quando o almirante Pinheiro de Azevedo, ao ser apelidado fascista pelos operários que cercavam a Assembleia Constituinte, também ela cheia de deputados ditos fascistas, se saiu com aquele grito de alma do "bardamerda mais o fascista" que deu conta do cansaço de um país onde os fascistas eram ainda mais raros que o bacalhau e o leite, mas onde a troco de tudo e de nada se era chamado fascista. Quando, semanas depois, um golpe militar mandou as armas para os quartéis, as pessoas para casa e os caixões para os cemitérios, o que nos sobrava era um país cheio de gente desejosa de levar uma vida normal e de ser governada por quem se preocupasse em assegurar um futuro melhor ao país e ao povo.

Quando acabar o presente frenesi do combate à desigualdade, à homofobia e a todas as outras fobias e ismos que nos capturam o tempo e a atenção, o que sobrará? Infelizmente não creio que desta vez vá ser tão fácil quanto em 1975. As pessoas e os países recuperam muito rapidamente das convulsões que põem em causa os bens materiais. O mesmo não se pode dizer das medidas de engenharia social que afectam a família.

As crianças que agora andam para aí quais pioneiros na capa da Vida Soviética a ilustrar as maravilhas de terem dois pais, duas mães, apenas pai ou apenas mãe, a serem exibidas no Arraialito Gay e nas capas das revistas como sinal exterior das circunstâncias de vida de quem lhes chama suas como se fossem objectos, um dia vão perguntar-nos o que andávamos a fazer neste início do século XXI. Tanto quanto se sabe, estes ajustes de memória causam dores muito superiores aos de qualquer PREC e não costumam sequer dar histórias que gostemos de ouvir e muito menos de contar.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

golden shares

Não me recordo de ter alguma vez sancionado com o meu voto a transferência da soberania portuguesa para Bruxelas. Sempre que se pôs a questão de referendar a "constituição europeia" ou o tratado de Lisboa, ficou patente o receio de que eu e outros como eu chumbássemos a diluição de Portugal, recusando-nos a sobrepor a soberania europeia à portuguesa - que no fundo, porventura, é disso que se trata quando falamos em "interesses estratégicos nacionais" e acções douradas ou "Golden Shares".

Outros estados europeus usarão instrumentos mais sofisticados e menos "tribunalizaveis" do que estas "acções douradas" (falemos português, pois claro!) para defender os seus interesses estratégicos. Mas, na verdade, os governantes desses países (ou da comissão europeia) bem podem clamar que não acreditam nas bruxas... das suas «Golden Shares»...
... mas que as há, há!


Mudando o assunto - ou talvez não - porque não uma "golden share" do estado português sobre o nosso mar? Porque não exigir de volta a plena soberania sobre a nossa "Zona Económica Exclusiva" em fase - espera-se - de alargamento? Também aí, não me recordo de em algum momento ter sancionado com o meu voto a "entrega" do mar português - ó mar salgado! A que título se entregaram a Bruxelas os direitos de pesca no nosso mar, outrora exclusivos nossos? Quem assinou essa capitulação? Com que direito? Em quem devemos deixar de votar se o quisermos penalizar politicamente?...

terça-feira, 29 de junho de 2010

presidenciais 2011

Porquê uma candidatura pro-Vida pro-Família à Presidência da República?


Por acreditarmos em Portugal

Por acreditarmos na Família

Por acreditarmos nos portugueses


um movimento de cidadãos defensores de um Portugal pro Vida decidiu propor a candidatura de Luís Botelho Ribeiro, dirigente do PPV, à Presidência da República, com os seguintes objectivos:


Dar a todos os que defendem na teoria e na prática os Valores da Vida e da Família uma possibilidade de voto de acordo com a sua consciência


Representar o pensamento e propostas políticas da Doutrina Social da Igreja no debate dos caminhos de futuro para Portugal que estas eleições ocasionam


Questionar o modelo de desenvolvimento do nosso país, propondo um sistema mais inclusivo para as novas gerações, para todas as regiões, para as famílias que querem ter filhos mas vêem no Estado mais um obstáculo que um amigo.


Defender uma interpretação constitucional plenamente conforme aos sentimentos, valores e anseios mais profundos dos portugueses: dignidade, solidariedade, liberdade.



Depois de preenchidas, as folhas de proposta da candidatura devem ser enviadas por correio ou entregues em mão em:

Gabinete da Candidatura pro-VIDA, R. 24 de Junho, 1497, Azurém, 4800-076 Guimarães

Blogue de candidatura: http://luisbotelho2011.blogspot.com